* (looongo suspiro)

Tenho taaanto para fazer, resolver, decidir, programar, listar e demais palavras que indicam acção e decisão
...
e só me apetece ir para a praia ...
Quase que ouço o som das ondas a bater no areal a chamar por mim ... o rapaz que vende bolas de berlinde numa praia a norte, competindo com a regueifa ou a bolacha americana ... os risos dos meus a brincar aos engenheiros e arquitectos: agora um castelo maior ... agora um túnel mais comprido ...

E agora posso acordar e voltar à realidade: o que eu ouço chama-se teclas de pc, folhas e folhas e mais folhas a encaminharem-se para os respectivos dossiers, o som do telefone que grita pela resolução urgente de situações que eu não criei, e a lista para uma realidade totalmente diferente amanhã ... onde estes sons vão ser substituídos pelo bater do metal na terra, pelo triar do elementos presentes, pelo balde que se enche a uma velocidade estonteante ... pelo contante desfolhar de um livro escrito em terra que nos conta estórias passadas

Acho que ainda ouço o mar. De certeza que sim. Chama por mim. Chama pelos meus. Diz-me: não te lembras? Aqui acreditas que é possível ser feliz! Que os laços que constróis são fortes e duradouros. Anda para a minha beira...

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