Hoje é um dia tramado para as emoções...

Os últimos dias têm sido de recolhimento, de muita saudade, de grande introspecção...

No sábado alguém muito muito especial na minha vida e na nossa vida celebrou mais um ano de vida. Alegria? Concerteza. Mas um Oceano a separar-nos, um fuso horário que teima em nos trocar as voltas e um outro Continente a impedir o calor do abraço, o mimo do beijo, o toque da mão dada ... Um grande misto de emoções portanto.

Ontem rumei a 2 cemitérios, participei em 2 celebrações eucarísticas. Porquê? Qual o sentido de "perder" horas num dia ventoso e frio para participar nesta romaria, algo kitch? ... Por algo muito simples, por um motivo banal: fui prestar homenagem a pessoas muito especiais que, pela ordem natural (ou não) da vida, já não estão por cá. Fui dar do meu tempo para me mostrar que SÃO importantes na minha vida, e não apenas FORAM...


E Hoje? Hoje faz 8 anos que te perdemos, sem aviso prévio, de forma abrupta e inesperada. Depois de uma visita hospitalar, de onde me despedi com um beijo, um abraço e um recado: "Ponha-se bom depressa que este bebé precisa das brincadeiras do avô!"
Estava a horas de ser confrontada com a dura realidade: o meu marido tinha ficado sem pai, a minha filha não mais seria cúmplice de brincadeiras do avô, e o bebé que trazia dentro de mim (e tinha tido conhecimento nessa semana) nunca ouviria o sorriso e o ar de orgulho vindo deste avô, desta pessoa tão especial.
Hoje faz 8 anos que fiquei desmembrada, com menos um pedaço do coração, porque alguém que me ensinou a amar incondicionalmente para além dos laços de sangue partiu. De forma atroz. Abrupta. Injusta.

Hoje é um dia muito difícil. Muito



*por vezes, desejava mesmo ter uma varinha de condão, ou um saquinho de pózinhos para afastar a mágoa, a frustração, toda a dor que quem quero bem ...

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