Eu tento, a sério que sim

... agarrar-me ás coisas boas e felizes que a vida me vai oferecendo. Agarrar-me aos momentos felizes que os meus filhos e o meu marido me proporcionam. Apreender a felicidade nas (aparentes) insignificâncias da vida.

Mas também aqui, no que transpareço de mim para estas caixinhas mágicas de partilha e comunicação, tenho por princípio a Verdade. Tenho de ser verdadeira sobre mim, os meus sentimentos. As minhas alegrias. As minhas neuras. As minhas dores.

E as coisas não estão fáceis. Nada fáceis. Acabou de cair mais uma bomba bem no centro das minhas mãos juntas. A Lei de Murphy abancou bem no centro da minha vida e acha que tem direito a Tudo Incluído.
Já na 6ºfeira passada tinha ultrapassado o limite da dor a partir do qual já não é possível chorar. Queria chorar pelo carro nos UCI, por uma despedida que não sei e não consigo fazer. A dor misturou-se com a dor de ver a minha avó a definhar de cada vez que regresso à sua casa... a minha dor já me leva a tentar chorar coisas que não se misturam, em situação alguma, no meu coração... mas já não consigo. Não consigo chorar. Fico letárgica. Esgotada. O meu corpo revolta-se e recusa a comida com que o tento alimentar. Mas já não consigo chorar.
No fim de semana tentei curar-me. Alimentar-me do amor das minhas crias e do meu amor maior. Pensar só no dia que estava a viver. Viver sem 'ses' e sem amanhãs.
Mas o amanhã chegou e com ele os problemas voltaram. E hoje chegou mais um. E eu não sei o que fazer. Como lutar. Mas eu tento. A sério que tento, descobrir a felicidade no meio da tormenta.

Talvez que este seja o meu fado.



Quem diz que o amor e uma cabana basta, devia morar num belo palacete e dar umas escapadelas à cabana para escapar do tédio de quando em vez.
Sim, o dinheiro não é a felicidade, mas que ajuda, ai isso ajuda ...

Comentários

  1. Ás vezes, e talvez demasiadas vezes, a vida gosta de nos pregar partidas e há até alturas em que são tantas as "cacetadas" que achamos que não nos vamos conseguir levantar. Mas tudo passa e é preciso ir aproveitando nas entrelinhas das coisas más as coisas boas que também estão lá, só que às vezes, talvez porque faz parte da nossa própria natureza, levamos mais tempo a chegar lá.
    Força!

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