Da ausência. Dos projectos de longa data. Das conquistas. Já demos Mundos ao Mundo. Hoje somos novamente do Mundo
ando ausente deste espaço. ando carente deste espaço. tenho textos e textos e textos nos caderninhos pretos que sempre me acompanham e são os meus confidentes. hei-de contar. preciso contar. preciso extravasar tantas emoções que transbordam por uma vida que mais parece uma montanha russa.
mas hoje tinha de cá vir. pode não ficar bem escrito. pode não ser o texto que queria escrever, mas será melhor do que não partilhar nada. hoje todo o dia foi vivido intensa e emotivamente. o projecto, aquele projecto que ao longo de tantos anos nos consumiu horas e dias e noites e fins de semana e sentimento de culpa por falhar como mãe para dar como profissional; aquele projecto que acreditámos e, mais, muito mais do que um trabalho, era uma missão comum, teve hoje um momento importante. coimbra, a nossa coimbra, de quem lá nasceu baptizado pelo mondego; coimbra, a nossa universidade de coimbra de quem aqui viveu a academia, o ser briosa, a toada da cabra, a lágrima que corre com o traçar da capa e a toada do primeiro acorde da serenata; coimbra, a nossa universidade de coimbra de quem não conseguiu ir embora terminado o percurso académico e fez nela o seu ninho e a deu a beber aos filhos aqui nascidos; a nossa universidade de 1290 que ainda hoje continua a pulsar e a tornar vivos os espaços multiseculares ou mesmo milenares onde se dão aulas, se obtêm graus académicos, se bebe café ou se aprecia o rio, a nossa universidade de coimbra é, desde hoje e com forte aplauso de unanimidade Património Mundial da Humanidade.
nesta coimbra, neste projecto, nesta universidade me formei e cresci. tombei algumas vezes, porque não há processos desta dimensão sem degraus e dificuldades. assim tem de ser para obrigar à melhor resposta. para fazer o mundo sentir a emoção tão coimbra dos nossos espaços e ruas e tradições e sons. levarei este processo comigo no coração. conseguimos. com quem acreditou desde sempre, desde logo o então reitor. conseguimos com quem duvidou de nós e das nossas capacidades e com isso, nos fez aturar a investigação e as metodologias de reabilitação do edificado e de justificação do intangível. somos o pólo difusor da língua, do saber e da cultura portuguesa para todos os pontos do globo. fomos promotores e mentores da globalização que a transição de quinhentos nos deu.
hoje estou feliz. a minha universidade é Património da Humanidade.todos nós, que transportamos de alguma forma coimbra no que somos, sabemos ou fazemos, somos galardoados e responsáveis por validar diariamente esta decisão.
e para coimbra não vai nada nada nada?
T.U.D.O.
[figura da querida a talentosa Asas de Peixe ]
TUDO!
ResponderEliminarNão fazia ideia do vosso envolvimento nesse projeto. Fico duplamente feliz: pela minha eterna Coimbra (faço parte dos que a carregam a cada dia em tudo o que fazem) e pela tua merecida realização. Há dias tão bons!
...até me arrepiei!
ResponderEliminarbeijinho
Lindo! estou arrepiada! :)
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