Da (nossa) Páscoa

Passaram-se os dias pascais entre os diversos cheiros que emanavam do forno, do fogão, da floreira. Passaram-se os dias chuvosos entre pijamas e roupa confortável, a ver filmes de época e séries bíblicas. O cheiro do folar disputou honras de destaque com o do borrego no forno caseiro. Os ovos da Páscoa foram caçados dentro de portas, mas com a animação do costume. As amêndoas, as farófias e o leite-creme desfizeram a tristeza da chuva permanente e animaram a mesa recheada do mais importante: as pessoas que à sua volta partilharam vida e a alegria de estarem juntas. Os ovos moles  -produção caseira da minha melhor metade -foram encamisados em formas alusivas à época: coelhos, ovos, cordeiros, galináceos, ... e, mais uma vez, muito apreciados.
O compasso chegou. Os beijos foram trocados e a alegria do renascimento afirmada. A Páscoa, a nossa Páscoa foi assim: família, partilha e celebração.

*Ah, e gripes e conjuntivites e afins, mas isso não conseguiu estragar os momentos vividos e partilhados...

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