Frozen moments .: bubbles

Lembram-se de comprar pastilhas elásticas Gorila tamanho gigante e mascar, mascar, mascar até doer o maxilar, e depois fazer bolas cada vez maiores?

Lembram-se do orgulho sentido de cada vez que a bola se formava, perfeitinha, com um pouco mais de ar, e mais um pouco ... uma bolha cada vez maior e perfeita?

Para mim eram momentos de pura satisfação. De felicidade.

Acho que a vida é assim.

Acho que esses momentos de criação de algo novo, perfeito, que dependem da nossa perícia e habilidade são momentos de felicidade, tal como a construção de uma bolhinha de pastilha elástica através da nossa boca.

Acho que nesses momentos devemos ...

Press Pause...

guardar essa sensação de conseguir algo novo, bonito, através de algo banal. Devemos conservar e congelar essa sensação de bem-estar e felicidade.

Depois?

Depois ...

Press Play!

A vida continua...

Lembram-se do que acontece com as bubbles a dado momento? Inesperadamente. Sem aviso prévio. Rebentam... E quanto maior e mais perfeita era a bolha, mais goma da pastilha elástica se espalha na nossa cara. Nada escapa: nariz, queixo, pestanas, cabelo...

E a sensação é uma de duas: ou sabemos e podemos apreciar o momento de explosão e nos rimos ao retirar os detroços do até tão pouco (quase) perfeito;

ou reagimos em sentido inverso e só nos concentramos na goma no cabelo e na roupa e no quanto custa a sair ...

Sim, acho que a vida também é assim, e nos presenteia mais vezes com o rebentar da bolhas e os seus incómodos do que com os momentos em que nos achamos participantes, quase mágicos, de uma criação perfeita ...

Por isso, ao carregar no Pause, devemos absorver o máximo da sensação de bem-estar adquirida. Vamos precisar dessas memórias, desses balões de oxigénio, depois de voltar a tocar no comando da nossa vida e carregar no Play

Frozen moments are important .: I need bubbles in my life...

(image powered by google)