Súbita.
Súbita. Foi assim que disseram.
De repente. Sem aviso nem sinal. Súbita. A tua morte. Não esclarecida. Até hoje.
Serias um ano mais velha do que a minha filha mais velha. Cúmplices. Inseparáveis. Uma adolescente adorável. Bonita. Educada. Simpática como desde bebé.
Serias mas não pudeste ser. A Biologia não sabe até hoje explicar porquê, mas o que é certo é que, num par de horas desapareceste fisicamente de junto de nós. E ficou um vazio. Um oco. Um dos grandes buracos do meu coração e de tantos à nossa volta.
Na quarta feira terias feito 16 anos. Os teus sweet sixteen... E este fim de semana estaríamos a celebrar teres atingido mais uma etapa, mais uma idade marcante. Ao revés, na quarta estive fechada, escondida dentro de mim, a recordar momentos e tentar agarrar-me à esperança de que terá tido um sentido ainda que não o veja. Não o vi então, não o vejo hoje. Não faz sentido a visita da morte a crianças pequenas com uma promessa de vida pela frente. Não faz. Ponto final.
Agarro-me à ideia de que nem todos possam ter tido no seu colo o seu anjo da guarda. Eu acho que embalei, niñei, troquei a fralda e brinquei com o meu...
Agarro-me à certeza de que não consigo equacionar o aumento de dor exponencial que sofreria se tu fosses minha filha biológica ou de coração [de coração era como se fosses ...]. Não sei se conseguiria pegar nos pedaços de mim e colá-los, reconstruí-los, voltar a sorrir... atingir um patamar mínimo de normalidade ... a dor é atroz.
Saudades *L, tantas saudades tuas ...
O bálsamo? O bálsamo são as memórias dos teus sorrisos, das tuas graças, da tua irmã mais velha que não se esquece de ti e das tuas fotos que não foram escondidas lá de casa ... o bálsamo é o conforto da certeza de teres sido amada e desejada desde sempre e para sempre.
Terias 16 anos e serias uma menina feliz. Essa é a minha certeza.
Beijo meu direito do meu coração aberto ...
De repente. Sem aviso nem sinal. Súbita. A tua morte. Não esclarecida. Até hoje.
Serias um ano mais velha do que a minha filha mais velha. Cúmplices. Inseparáveis. Uma adolescente adorável. Bonita. Educada. Simpática como desde bebé.
Serias mas não pudeste ser. A Biologia não sabe até hoje explicar porquê, mas o que é certo é que, num par de horas desapareceste fisicamente de junto de nós. E ficou um vazio. Um oco. Um dos grandes buracos do meu coração e de tantos à nossa volta.
Na quarta feira terias feito 16 anos. Os teus sweet sixteen... E este fim de semana estaríamos a celebrar teres atingido mais uma etapa, mais uma idade marcante. Ao revés, na quarta estive fechada, escondida dentro de mim, a recordar momentos e tentar agarrar-me à esperança de que terá tido um sentido ainda que não o veja. Não o vi então, não o vejo hoje. Não faz sentido a visita da morte a crianças pequenas com uma promessa de vida pela frente. Não faz. Ponto final.
Agarro-me à ideia de que nem todos possam ter tido no seu colo o seu anjo da guarda. Eu acho que embalei, niñei, troquei a fralda e brinquei com o meu...
Agarro-me à certeza de que não consigo equacionar o aumento de dor exponencial que sofreria se tu fosses minha filha biológica ou de coração [de coração era como se fosses ...]. Não sei se conseguiria pegar nos pedaços de mim e colá-los, reconstruí-los, voltar a sorrir... atingir um patamar mínimo de normalidade ... a dor é atroz.
Saudades *L, tantas saudades tuas ...
O bálsamo? O bálsamo são as memórias dos teus sorrisos, das tuas graças, da tua irmã mais velha que não se esquece de ti e das tuas fotos que não foram escondidas lá de casa ... o bálsamo é o conforto da certeza de teres sido amada e desejada desde sempre e para sempre.
Terias 16 anos e serias uma menina feliz. Essa é a minha certeza.
Beijo meu direito do meu coração aberto ...
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