Saudade. Ausência. Privação

Tenho saudades do meus dias mais ordenados. Com momentos para mim e para as minhas coisas.
Não consigo arrumar a minha casa - nem a física, nem esta (que é também o meu ninho), nem o sotão das minhocas...

Preciso de um botão Stop. E de carregar no Pause com urgência.
Estou farta desta ausência de mim própria, da ausência que imponho aos outros, reais ou com canal virtual de relacionamento.

Estou com síndrome de privação

E, contrariamente ao que é o meu género, deixo um beijo em todas e todos os que continuar a vir cá, os que ficam e permanecem, apesar do silêncio e de algum desânimo nas palavras que têm ocupado os meus dias. Obrigada. São também estes os companheiros da minha jornada, numa trave mestra que atravessa e traveja todos os aspectos da minha vida. Que me liga e mantém no caminho. Certo. Espero eu.

E agora, vou voltar para papéis, buracos, cacos e desenhos em papel aos quadradinhos, ofícios e informações internas, ..., vou voltar, com uma certeza: de todos os elementos que recupero fragmentados, impossíveis de restituir à forma e volume original sem ocos, sem buracos, talvez eu seja a peça mais fragmentada. A mais escaqueirada... Talvez...

Comentários

  1. Mãee, estaremos sempre aqui. :)
    Embora as saudades apertem, porque involuntariamente acabamos por nos ligar a certas pessoas, com as quais sentimos uma empatia imediata. Pessoas essas que passam a fazer parte dos nossos dias. Tu és uma delas.
    Força! Estarei aqui. :)

    Beijo grande minha querida*

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